Preságios de desemprego e baixo crescimento econômico, realidades camufladas sob o anúncio de que está tudo sob controle!

18/06/2013 01:12

Após medidas como o aumento da taxa básica de juros e desonerações do IOF para investimentos estrangeiros no país, tanto a inflação quanto a valorização do dólar perante o real mostram sinais de trégua. Apesar de toda manobra infeliz realisada no ano anterior, cujos resultados vimos refletidos tanto no cenário de baixo crescimento quanto no tenebroso aumento inflacionário, ficou claro que nada que fora feito surtiu o efeito anunciado. Agora é hora de aperto nos cintos, não para decolagem e sim para a aterrissagem de emergência, a fim de por os pés no chão e encarar a realidade. Uma medida completamente plausível neste momento é a criação de um projeto em massa de qualificação técnica, com o intuito de qualificar a leva de desempregados que irá se generalizar até fim deste ano no país. Uma coisa é certa, a não ser que mais uma vez a mulher maravilha venha com seus superpoderes salvar os “vulneráveis empresários” com a mágica da desoneração dos tributos extrafiscais, as demissões irão acontecer, o que não é nenhuma novidade, uma vez que empregos gerados temporariamente por setores que se alimentam do fomento ao consumo desenfreado de seus produtos, não sobrevivem de uma estação para outra desta forma, o que não é saudável para a economia nem para o bolso do contribuinte, que assiste insipiente ao teatro do governo pagando para o setor privado funcionar sob a chantagem do desemprego e consequente perda de popularidade. A estratégia do momento deveria ser manter o atual 8% da SELIC e injetar recursos em tecnologia e infraestrutura, assim como um maior carinho com as costas públicas e atenção aos alicerces da educação. Ao contrário do que a cúpula executiva do governo insiste em blefar, passamos por um momento de retração, e o ideal é não virem com falso otimismo. A economia não crescerá nem que o papa abençoe o país ou despacho seja feito, este é o momento onde os investimentos devem ser priorizados e através de um discurso claro e real, serem honestos para que a sociedade tenha paciência e contribua com este momento, ao invés de por uma visão míope tentar enxergar um crescimento imperscrutável. 

Relatório completo em: https://www.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/R20130614.pdf

Por: Thiago Monteiro