DESINTELIGÊNCIA

É curioso o efeito causado pela renúncia de receita advinda do IPI somado à redução da taxa SELIC.

É curioso pois as justificativas eram estimulo ao consumo e facilitação de crédito com o fito de crescimento econômico.

Dois anos se passaram, os resultados apenas postergaram demissões de uma parcela pequena de trabalhadores, assim como houve crescimento pífio da economia e compromisso com infra estrutura inexistiu, consequentemente ao plano macabro: inflação assombrando pela espreita e manobras de todo tipo para não se evidenciarem os números. Então falaremos de fatos e não apenas de números – que são as contenções da moeda norte-americana somada a ficção das exportações na balança comercial – A operação de Swap cambial foi eficaz no manejo de contenção da desvalorização do real, ou seja, o aumento dos preços, a tão temida inflação, contida pela promessa futura de emissão de dólares. A contabilidade criativa somada ao direito mágico permitiram a manobra doentia que camufla o saldo negativo da balança comercial.

Então chegamos ao ponto chave! Caso não houvesse sido feita a política irresponsável com o tributo extrafiscal e tivessem mantido de forma equilibrada os parâmetros seguros da taxa de juros, hoje o cenário seria muito mais confortável, porém a Economia acabou sendo tratado como experiência.

Presságios de uma reação em cadeia já era iminente antes mesmo dos fatos se consolidarem, toda bagunça criada por ajustes e desajustes demonstram total renúncia ao bom senso e a coerência. Todo “jeitinho” a fim de conter os desatinos inconsequentes de uma desilusão esperada são inviáveis a longo prazo, porém são suficientes até meados das eleições, e este é o fator mais preocupante. Preocupante, pois através do controle discreto da mente de muitos, realizado pela confluência entre desinformação e desinteligência é passível à manutenção do atual enredo calamitoso que assombra mais que Fred Grugger exibido à criança.

Emendando o primeiro parágrafo invoco a conclusão, complemento que também é curioso a falta de discernimento e análise pela massa esmagadora, que tenta parecer participativa mas somente é consumista da falta de inteligência crescente, que creem mensurando seus bens serem medidores de seu potencial e sucesso na vida, esquecendo-se que a vantagem em prol de uns em detrimento de outros é apenas equidistante aos riscos inerentes ao desequilíbrio social causados por más decisões políticas.

Por Thiago Monteiro