CAPITALISMO X SOCIEDADE DE CONSUMO

20/04/2017 18:24

 Hoje temos registradas como propriedade intelectual as mais diversas tecnologias, porém, postas a disposição conforme conveniência para o lucro diante as perspectivas de mercado e, por isso, podemos destacar o grande problema atual sendo a sociedade de consumo, e não o capitalismo como muitos dizem.

A sociedade de consumo aceita a obsolescência programada como se ela não existisse, carteis que se configuram em torno de patentes e altos investimentos que fogem ao objeto do capitalismo, que é a livre concorrência.

A sociedade de consumo evidencia uma nova configuração de capitalismo, forjando uma figura egocêntrica, monopolizadora e corruptível. Enquanto no capitalismo é prevista a livre concorrência para que surjam soluções para os problemas e com isso persiga lucro em nichos de mercado de forma eficiente, eficaz, efetiva e sustentável, na sociedade de consumo o capitalismo é usado sem escrupuloso a fim de oferecer o pior pelo maior preço.

Vale ressaltar que, o fato de vivemos em uma configuração de capitalismo que possui a sociedade de consumo intrínseca em si não sugere conformismo em sua dinâmica de exploração do povo em prol da acumulação de capital.

Em um capitalismo saudável a sociedade de consumo não subsistiria, a tecnologia seria usada em seu maior potencia para oferecer liberdade às pessoas. A automatização de processos e a mecanização das tarefas propõe geração de conforto e qualidade de vida de forma a favorecer a migração de sociedade de consumo para sociedade baseada em recursos.

Na verdade uma sociedade que seja baseada em recursos é uma forma de capitalismo onde não existe a figura da sociedade de consumo intrínseca em si. Uma sociedade baseada em recursos possui processos de reaproveitamento de aguas, minerais, energias e etc. Enquanto que em uma sociedade de consumo o status leva ao desperdício e qualidade duvidosa de produtos.

Podemos concluir que, se fossem aferidos os recursos a fim de serem usados de foma mais eficiente através do emprego das tecnologias hoje patenteadas, teríamos a segunda abolição da escravatura, uma sociedade completamente automatizada, a figura do lavrador e a entre safra eliminados, moradias construídas por impressoras 3d, a segunda revolução industrial.

Uma vez supridas as necessidades de alimento e habitação muitas tarefas repetitivas seriam eliminadas, funções extintas, o transito das metropolis seria apenas uma memória remota, um povo livre para criar maior qualidade de vida através da tecnologia, da arte e, acima de tudo, da diversidade provocada pela real livre concorrência.

 

Por: Thiago Monteiro