A GLOBALIZAÇÃO DE UM ARGUMENTO

01/12/2015 03:14
Existe uma guerra civil, mas velada. Os danos colaterais advindos de uma guerra que era contra as drogas e que se tornou uma guerra armada não justificam o sofrimento causado em nome de uma política que se mostra fracassada. 
 
A sociedade é quem mais sofre e, quem começa  o ciclo do tráfico é quem menos sente. Quanto mais a droga se distancia nessa rede de fornecimentos de quem a iniciou mais este fica infólume quando deveria ser o primeiro a ser preso.
 
É difícil um meio termo, as opiniões estão todas formadas -- sim é sim e não é não -- E cada vez mais as liberdades individuais são cerceadas por se dizerem  melhores em cuidar de nós melhor do que nós mesmos.
 
Será que cada um não pode cuidar da sua própria vida? Ninguém vende armas sem guerra, é um ativo poderoso, é apreendido e destruído, isso valoriza o ativo, seu uso demanda munição e o combustível que move todas as engrenagens se chama sangue que por sua vez é convertido em papel moeda. 
 
Muitas guerras foram inventadas pela espécie, muitos conflitos forjados sob a égide do imperialismo, são basilares as estruturas que sustentam  o arcabolço da tendenciosidade: Vende-se uma imagem, com ela um subproduto (subproduto da imagem), o subproduto leva o estigma da imagem e esta imagem da embasamento para perseguir o subproduto, é possível fazer isso com qualquer coisa, é possível fazer as pessoas odiarem café( basta associar o café a uma imagem negativa, simples) com isso agregam valor a ferramenta de uso em combate, terceirizam as viaturas usadas sob a justificativa da manutenção, mas com isso arcamos com custos de bens que não são nossos,  será tão dificil manter viaturas e oficina assim? Por que o exército cuida da manutenção de suas viaturas e a PM do Rio de Janeiro não?
 
Ocorre que os custos não retornam como resultados, falta coerencia no discurso que priva o ir e vir do cidadão, pois o efeito é contrário ao enunciado.
 
 Antes tinhamos um problema, se é que podiamos considerar problema, a sociedade não via como problema, o governo sim, e investiu em campanhas, para alertar as pessoas sobre os perigos que elas não viam, agora elas veem esse inimigo psicoativo, mas com uma receita temos drogas tão potentes em mãos como o crack, mas sob o pretesto de remediar um sintoma ou doença.
 
Hoje temos mais de dois problemas, hoje a questão da droga passou a ser um alibi e não o problema em si, o problema é a violencia, são as armas, a falta de amor... 
 
Existem drogas por toda a parte, minha mãe toma diazepam, minha avó rivotril, meu vizinho um chá maluco, por que o cara tem que ser vagabundo por secar uma planta e inala-la? Nem tarja tem... Ironia a parte, o caso é sério.
 
Não podemos rachar ficando no sim é sim e não é não, é preciso coerencia para achar uma solução, que não seja sair a esmo como cão e gato entre becos e vielas, sujeitando as pessoas a uma guerra que não é delas, mas foi inventadas para elas.
 
Queremos acabar com o tráfico e a violência, legalizemos algumas drogas, assim o poder economico do trafico cai, menos armas fora das mãos do estado, tributamos o produto, assim aliviamos a crise economica e de quebra reduzimos gastos com essa segurança precária que não justifica os recursos despendidos em sua função. 
 
 
Por Thito Monteiro